
Eu tava demorando pra falar sobre os problemas que envolvem o Senado Federal. Na verdade, eu tava querendo me distanciar um pouco desses textos estritamente políticos, destrinchados nos verbos mais revoltados e insatisfeitos que posso expressar aqui nesse blog. No “Outros Pontos”, blog que mantive ano passado, era freqüente minhas análises serem direcionadas a política. Esse ano eu venho assumindo uma postura mais discreta quanto a esse lado mais político, embora seja difícil, muito difícil não falar nada e ficar omisso a tanta coisa.
Essa semana um repórter do CQC, programa de jornalismo-humorístico da rede Bandeirantes de Televisão, foi agredido por seguranças do Senador e Presidente da Casa parlamentar, José Sarney, do PMDB do Amapá, enquanto tentava uma entrevista. No momento em que Sarney descia do carro, como sempre acontece, todos os repórteres tentaram ouvir uma explicação do Senador sobre as acusações – fundamentas – contra ele de corrupção, nepotismo e, mais ainda, de assinar atos secretos no Senado Federal. Danilo Gentili, repórter do CQC, era um entre os jornalistas que tentavam uma entrevista, mas acabou sendo vítima do nervosismo, truculência, falta de ética e responsabilidade dos que compõe a instituição Federal. Gentili foi empurrado, impedido de fazer seu trabalho, que é sério e competente.
Segundo afirmações do jornalista da Band, não havia motivos para tal situação. “Nem chegar perto do Sarney eu cheguei, estava apenas fazendo meu trabalho”, afirmou Danilo. A Polícia Legislativa, responsável pela segurança do Senado, recebeu as imagens do ocorrido e atestou que não houve uma agreção propriamente dita, mesmo as imagens mostrando que Danilo, por duas vezes, foi interceptado por homens que não pertencem à casa legislativa.
Não é a primeira vez que Senadores perambulam pelos corredores da casa acompanhados por “Seguranças”, que na verdade deveriam receber o nome de jagunços. Se não andam “bem acompanhados”, tratam a imprensa com desdém,como foi o caso de José Genoíno, do PT. Opa, a verdadeira imprensa. Esse caso não é novidade para a turma do CQC, que faz um jornalismo extrovertido e entra no meio político sempre que necessário. A postura ácida e sempre ao lado da verdade, utilizada pelo CQC em suas coberturas, tem ferido um pouco o calo dos Senadores que temem as perguntas do programa.
Atos Secretos, Nepotismo, negociatas e muito mais. Esses temas, sim, fazem parte da casa legislativa responsável por analisar e tocar em frente o interesse da nação e do povo brasileiro e fazem com que esses “intelectuais ao avesso” tenham medo da Mídia coesa e íntegra. Como disse o jornalista Boechat, da Band: “O Senado tem a segurança que merece”. Eu vou falar mais sobre isso. Aguardem. É só o começo.
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