Ainda na sua juventude, foi auxiliado por grandes nomes da música brasileira, como Capiba e Nelson Ferreira. Os bailes e os blocos só tinham alegria porque ele estava presente, exaltando o riso por entre os confetes e serpetinas. Essa figura centenária de quem eu falo é o nosso frevo que, durante todo sua imensa vida, nos trouxe alegria e amor.
Mas nem sepre ele teve motivos para nos dar riso, como na década de 1960, quando as escolas de Samba surgiram e fizeram o samba-enredo invadir os clubes. Na década de 1980 foi a vez do axé Baiano ganhar sucesso de dimensões nacionais e preocupar o nosso frevo em nossos carnavais. Mesmo com toda essa intermitência, movidos por uma saudade intrisica, abrimos os braços e cantamos pedindo a sua volta.
Hoje, o frevo virou uma necessidade de qualquer folião. Como um bom parente, cuidamos bem desse frevo idoso, mas que se recicla a cada ano com figuras importantes da nossa música. Nomes jovens como China, Maria Rita, artistas que têm na veia o sangue da inovação atrelada à preservação de uma arte que se sustentou por 102 anos, vivendo e amando todos carnavais.
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