segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Recife e Olinda em 40°

O carnaval já mostra seus sinais. Pra a falar a verdade, quando o relógio indica primeiro de janeiro, já tem folião e orquestra puxando um vassourinha, um Hino do Elefante. Isso é genético de qualquer pernambucano e contamina rapidamente  o primeiro turista que passe perto das ruas saudosas do Bairro do Recife ou das ladeiras Olindenses. 

A irreverência corre solta, o riso é onipresente - pelo menos em alguns momentos. Os jornais acionam suas lentes para beleza colorida que começa na sexta-feira e, muito a contragosto, anuncia seu final na quarta-feira de cinzas. 

Chico Buarque, na década de 1970, gravou uma música chamada Rio 42, que ficou como grande sucesso com As Mariposas. Na marchinha, super tendenciosa às mensagens mais sbuvertidas e reais do antro político, o compositor dispara ao dizer que, "se a guerra for declarada no domingo de carnaval, verás que um filho  não foge a luta. Brasil,  recruta o teu pessoal". 

Imagine, realmente, que cada bloco fosse um batalhão fantasiado, com homens e mulheres dispostos a dar um salto no progresso, mudar a " cara" desse país?  Em cada canto do país, durante fevereiro, fosse uma barricada da paz e da mudança? No Rio e São Paulo, no sambodrómo; na Bahia,  com os trios e afoxés; Recife com o Frevo, Maracatu e Ciranda; O Boi do Maranhão. 

Em cada canto do país uma revolução colorida e diposta, siginificativa de cada povo desse país multicultural. Ah, e se isso realmente acontecesse? Daqui a uns anos, nos livros de História, existiria um capitulo para o "Fevereiro de 2009!" 

Puramente igenuo, mas é sonho de carnaval, e esse é essencialmente feito com alegria e irreverência. Agora, se você quer realmente que isso aconteça, siga a receita de Chico Buarque: "Se aliste, meu camarada, a gente vai salvar nosso carnaval". 

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