Misturando um Erudito escondido com um Samba exposto, passando pelo suingue tropical do merengue, Lívia Lucas faz um som daqueles “a cara e a careta” do Brasil

O BG dessa semana viaja até Minas Gerais para trazer a bela cantora Lívia Lucas. Natural de Juiz de Fora, Lívia lançou seu primeiro disco em 2007 prometendo fazer um som mais elástico, abordando outros ritmos, como o jazz e o merengue, sem deixar de lado a sua raiz que é o samba.
A própria cantora diz a marca do seu disco, um trabalho cheio de retrato de influências musicais. “São muitos cantando através da minha voz. São meus queridos compositores que acreditaram nesse novo e inédito trabalho” O cd Canto de Casa faz um balanço do bom samba, inteligentemente tocado na maior perfeição. As notas de um samba de violão se encaixam na voz de Lívia.
Aos 13 anos, a mineirinha entrou no Conservatório de Música clássica e, aos 19 anos, já encarava o mundo profissional da música tocando nos grandes bares e casas de shows de Belo Horizonte. Participou de espetáculos musicais, como Música Mulata Brasileira, que rodou o país em 2005 fazendo grande sucesso.
A música de Lívia é interessante em toda sua composição: a letra, uma poesia que retrata um cotidiano natural das cidades do interior do país marcadas pelas feiras. A música é plural no sentido técnico. Traz uma mistura do balanço do samba com um som legal dos metais, lembrando grandes orquestras. O crítico em música, Nelson Motta, disse que os metais das canções de Lívia “nos remetem à Vitória Régia”, orquestra que acompanhava o Síndico Tim Maia.
O BG dessa semana traz Lívia Lucas como destaque, com a música A Feira. Aumenta o volume, simpatia!
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